ABSTRACT: The use of the digital technology available of cell phone appliances is today discussion focus for his unsuitable use in the classroom. in this article the author exposes through reports survived by him, some proposals with the appropriate use of the device and to teacher service like motivation element of subjects in treated Physics teaching and like tool optimized for investigations carried out by the teacher.
KEYWORDS: Physics learning, reflection, technology of the information, contextual idea
INTRODUÇÃO
Assim como outros adventos tecnológicos, como foram as calculadoras na década de 70, o walkman na década de 80, os games de bolso na década de 90, é a vez do o telefone móvel celular e suas funções multimídia atravessar o caminho do professor em suas aulas. Como antes, o professor e a escola infelizmente não foram preparados para a incorporação dessa cultura e os atritos acabam acontecendo, desgastando a relação professor-aluno ou escola-aluno. No entanto, assim como a internet há cerca de dez anos levou a comunidade escolar a repensar os tão conhecidos trabalhos escolares face ao “recortar e colar”, o celular e seu uso é um instrumento em que repensado, pode auxiliar o professor em suas atividades.
Hodiernamente, os professores precisam se preocupar não somente com o conteúdo que devem ensinar, mas também com as novas propostas pedagógicas e novas tecnologias, que poderão ajudá-los em suas atividades docentes. Dessa forma, o seu papel torna-se hoje muito mais relevante, na medida em que queremos que os alunos se tornem críticos, criativos, construindo seu conhecimento, acompanhando o mundo em que vivem.
O CELULAR ENTRA EM SALA
Da mesma forma que a internet é hoje uma ferramenta que aumenta os recursos didáticos dos professores, atualizando seus saberes, complementando e ampliando seu acervo cultural, as Tecnologias da Informação e da Comunicação oferecem os telefones móveis celulares onde, a um preço acessível, encontramos instrumentos que podem dar suporte à melhoria de sua prática docente e pesquisa. Contudo, apesar desses recursos, muitos professores não se apropriam desta ferramenta.
Atualmente, uma das contribuições às diferentes funções que um professor tem que ter e manter-se atualizado, é o celular, onde as informações são trocadas em grandes velocidades, entre um grupo muito grande de pessoas. Estamos falando aqui em grande interatividade. Assim, ao interagir com seus alunos, é possível enviar links, arquivos como vídeos, músicas e até “lições-de-casa” para seus alunos. Esse dispositivo proporciona assim, potencialmente, o aumento da “inteligência coletiva”. Por que não? É evidente que também há aspectos negativos, pois, como o celular é de uso individual e pessoal, todos usam da maneira que mais lhe parece útil, ou até aproveitando de seus momentos “inúteis”, sem “nada” pra fazer.
O CELULAR ENTRA NA AULA
Procurando o uso racional do celular e em diminuir a distância entre os professores e os recursos digitais disponíveis, escrevi esse artigo onde relato minha experiência com turmas de ensino médio da rede particular e da rede pública no Estado de São Paulo no decorrer do ano letivo de 2008.
No início do ano, o assunto tratado era sobre ondas e energia nas turmas de segundo ano do ensino médio. Ao explicar sobre ondas eletromagnéticas que não podem ser vistas pelo olho humano, peguei um celular emprestado de um aluno e perguntei ao grupo se eles viam uma onda ou qualquer outra “coisa” saindo do celular quando falavam com alguém, que resultou na negação, obviamente. Então continuei:
“Vejam que maravilha nos proporciona a tecnologia, é possível, com esse aparelho falar com minha mãe, há quilômetros daqui. É evidente então, que o aparelho envia ondas invisíveis até minha mãe e tudo isso muito rápido”.
Voltando-se para a turma, perguntei se eles sabiam como as ondas emitidas por um aparelho chegam a outro. Como responderam que não, expliquei-lhes sobre as antenas e torres de transmissão e recepção e ainda sobre os tipos de tecnologias de acesso celular como CDMA, TDMA, GSM e 3G.
“A engenhosidade do sistema celular está na divisão de uma cidade em pequenas células. Isso permite uma extensiva reutilização de freqüência ao longo de uma cidade, de modo que milhões de pessoas possam usar os telefones celulares simultaneamente” 1
Absolutamente atentos à informação, aproveitei pra falar de outros tipos de transmissão de rádio e ainda sobre as ondas sonoras.
Questionei aos alunos que sendo o som uma onda mecânica, a voz que ouviam quando conversavam ao celular era da própria pessoa. Eles achavam que sim, que por ser um tanto complexo o processo, eu já suspeitava.
Expliquei-lhes então, que as ondas que chegam num aparelho são convertidas por dispositivos eletrônicos sofisticados e transformadas em energia que faz vibrar os alto-falantes que estão instalados no aparelho, por isso a bateria era importante. Alguns alunos perguntaram sobre o perigo de explosão. E retirando a bateria de alguns celulares, pedi que verificassem se os aparelhos traziam correta e detalhadamente a informação de energia, tipo de pilha e cuidados que se deve ter, além dos alertas e perigos de explosão.
Sobre os sons audíveis e inaudíveis ao homem, eu tinha previamente armazenado o ringtone * mosquitoTM. Liguei meu celular e lhes mostrei o som de freqüência inaudível para o ouvido humano acima de uma certa idade. Alguns alunos me pediram que lhes enviassem o arquivo, por acharem muito interessante. Outros, imediatamente relacionaram o som ouvido ao mesmo som que ouvem quando ligam seus televisores CRT.
Para encerrar o assunto multidisciplinar, indiquei aos alunos o link:
http://www.youtube.com/watch?v=FGcJdddX4Iw onde um grupo de pessoas supostamente estouram pipocas com aparelhos celulares apontados para o milho. Para alguns alunos que possuíam Bluetooth enviei diretamente o vídeo.
O relato do professor, ainda como um exemplo isolado, não deixa de demonstrar que é possível aos professores apoderarem-se de maneira muito mais construtiva e criativa das tecnologias e direciona-las a aulas mais atualizadas e contextualizadas.
Na atividade “velocidade de uma formiga”, proposta pela professora Alexandra Lucia Leal Gomes no portal:
http://www.cienciamao.if.usp.br, é possível na foto, ver uma aluna usando a função cronômetro de seu celular.
CELULAR VAI PARA A WEB
Ainda mais produtivo que o uso material para exemplo de assuntos ou medições, que não deixa de ser pertinente, há ainda a melhoria da qualidade instrucional e de projetos de pesquisa onde o professor pode usufruir desse aparelho, que descrevo a seguir.
Utilizando o aparelho LG – modelo MG810c , gravei vários vídeos de curta duração sobre experimentos científicos e publiquei numa conta do “Youtube”.
- ovos em inércia:
http://www.youtube.com/watch?v=tgiYXt_HPrI- Inertia coin:
http://www.youtube.com/watch?v=PFEbYtjhgj0- equilíbrio:
http://www.youtube.com/watch?v=zm4HUlVv0cY&feature=related- densidade:
http://www.youtube.com/watch?v=7bFZt4b4ufA&feature=related- Pressão atmosférica I:
http://www.youtube.com/watch?v=iVP51WfFoKQ- Pressão atmosférica II:
http://www.youtube.com/watch?v=CVUwJdsRUs4- Pressão atmosférica III:
http://www.youtube.com/watch?v=NLl4yNDlWDg- termoscópio:
http://www.youtube.com/watch?v=fBfMvKGLspc- ilusão de movimento:
http://www.youtube.com/watch?v=ORFV0Hp56YE- dragão – ilusão de óptica:
http://www.youtube.com/watch?v=sIpIaL_5enc- Papa- ilusão de óptica:
http://www.youtube.com/watch?v=bzKN9pigBfM- Transmissão de calor:
http://www.youtube.com/watch?v=i4mT5qpn4Rk- Lévitron:
http://www.youtube.com/watch?v=CH9wJZ8JR5YOs alunos podem acessar livremente os vídeos e discuti-los em sala com o professor, fato que vem despertando grande interesse e comentários dos alunos, devidamente registrados.
O reconhecimento desse trabalho veio com as publicações de vídeos no portal da Sociedade Brasileira de Física de Ensino e Divulgação da Física - Píon, que disponibiliza material didático relacionados à física e ao ensino em:
http://www.pion.sbfisica.org.br/ e no portal do Ministério da educação – MEC no site:
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/Em outro projeto de pesquisa, que inclui os vídeos do
www.youtube.com/magnifisica e aulas práticas, lúdicas e experimentais, o professor utiliza exclusivamente o celular para registrar de forma metodológica as etapas do processo de construção e desenvolvimento da proposta com fotos dos alunos nas aulas, vídeos com as atividades desenvolvidas e gravação dos alunos durante a aula, discutindo e elaborando a conclusão de relatórios.
O professor pode encontrar, na sala de aula, situações que não permitem atividades que não estejam devidamente planejadas e que não tenham sido adequadamente elaboradas, considerando os fatores emocionais e sócio-culturais, além do nível dos alunos. Na prática do magistério, não se espera soluções milagrosas e receitas prontas, e sim iniciativas. O desafio de ampliar as habilidades e formar um cidadão crítico deve ser o fator de motivação para iniciativas como esta, e são bem-vindas as críticas e sugestões.